«Daqui a cinco anos estarás bem próximo de seres a mesma pessoa que és hoje, excepto por duas coisas: os livros que leres e as pessoas de quem te aproximares.»
Esta é uma frase muito usada para valorizar a leitura. Concordo plenamente que aquilo que lemos influencia imenso quem nós somos. Sou um fã incondicional da leitura e também tenho a minha própria frase acerca da sua importância: o hábito da leitura aproxima a nossa inteligência do seu potencial. Mas não é só ao nível cognitivo que a leitura intervém. A nossa visão da vida, a nossa personalidade e até mesmo o nosso carácter são moldados por aquilo que lemos. Mas o meu objectivo neste texto passa por pegar na frase que citei não para falar na leitura, mas sim nos relacionamentos. É também inegável que nós somos seres influenciáveis por aqueles que nos rodeiam. O contacto com o próximo leva-nos a desenvolver a nossa personalidade, para o bem e para o mal. O homem não tem uma capacidade inata para se desenvolver isoladamente, de modo independente, mas sim em comunidade, em interacção com aqueles que fazem parte das nossas vidas. Esta interacção é particularmente visível na infância e adolescência, na aprendizagem a que somos sujeitos por influência dos nossos pais, dos nossos familiares e dos nossos professores. Mas é uma interacção que se estende a todos os quadrantes e a todas as etapas da nossa vida. Qualquer relação que estabelecemos, por mais fugaz que seja, desperta em nós emoções e contribui para mudar um pouco quem nós somos. A nossa personalidade e o nosso carácter não são, mesmo na idade adulta, um conjunto de características estáticas e inequivocamente estabelecidas, mas sim um emaranhado de qualidades e defeitos, de virtudes e de preconceitos, que vão evoluindo de um modo dinâmico em função das nossas experiências. Se ser uma pessoa íntegra faz parte dos nossos propósitos, devemos ser cautelosos na maneira como nos deixamos influenciar por aqueles de quem nos aproximamos. No "ecossistema" humano os diferentes tipos de relação que se podem estabelecer entre duas pessoas encontram algum paralelismo nas relações bióticas estudadas pela biologia. Uma relação entre dois seres vivos pode ser prejudicial ou benéfica para ambos ou para apenas um deles. E nas relações humanas acontece o mesmo. Há relações que destroem o que de melhor há numa pessoa. Outras parecem deixar em nós apenas uma marca de indiferença. E outras levam-nos a crescer, a tornarmo-nos melhores do que éramos. Uma frase que frequentemente ouvimos, muitas vezes dita entre namorados ou entre marido e mulher, é algo do género: "quando estou contigo tenho o desejo de ser uma pessoa melhor". Este é o maior elogio que se pode fazer a uma relação entre duas pessoas. Que bom era se, na nossa vida quotidiana, lidassemos sempre com pessoas que provocassem em nós o desejo de sermos melhores. Que bom era se nós próprios provocassemos naqueles que nos rodeiam o desejo de serem melhores.
Nos dias que vivemos, há muita gente que vive levianamente e relaciona-se com os que os rodeiam de uma forma negligente. Vivemos para nós mesmos, focamo-nos sobretudo no nosso umbigo, deixamos o nosso ego crescer demasiado. Esta forma de vida leva-nos a viver isolados, leva-nos a não contribuir para o crescimento dos outros e a não deixar que eles contribuam para o nosso crescimento. Levada ao extremo, esta forma de vida leva-nos a lesar os outros em busca da nossa satisfação pessoal e é a causa de todos os tipos de corrupção que inundam a sociedade. Mas esquecemo-nos de que o homem nunca será totalmente feliz vivendo de um modo isolado. A verdadeira realização do homem reside em partilhar a vida, o amor e a paz com os outros, em integridade e em negação de si mesmo.
Enquanto cristão, tenho como propósito ser uma pessoa mais íntegra e mais abnegada. E acredito que este propósito é algo que se estende a muita gente não cristã. O mundo precisa de gente que se relacione com os outros tal como gostava que eles se relacionassem consigo. É a regra de ouro segundo as palavras de Jesus, mais abrangente do que a versão mais usual: faz aos outros aquilo que gostavas que te fizessem a ti. Cultivar relações benéficas para ambas as partes é uma tarefa que cada um deve procurar executar por si próprio. Nem sempre é fácil fazê-lo.
Mas há uma relação que podemos cultivar e cujos benefícios são insuperáveis. A relação com Deus. Também Ele quer ter uma palavra a dizer nas nossas vidas. Também Ele quer influenciar a nossa personalidade e o nosso carácter. Se nos aproximarmos dele, Ele vai ajudar-nos a cumprir o nosso propósito de vivermos em integridade e de nos realizarmos completamente. Porque Ele próprio é o melhor exemplo de amor abnegado. Daqui a cinco anos poderemos ser pessoas muito diferentes e muito melhores, se procurarmos a cada dia estar mais próximos de Deus.
Nos dias que vivemos, há muita gente que vive levianamente e relaciona-se com os que os rodeiam de uma forma negligente. Vivemos para nós mesmos, focamo-nos sobretudo no nosso umbigo, deixamos o nosso ego crescer demasiado. Esta forma de vida leva-nos a viver isolados, leva-nos a não contribuir para o crescimento dos outros e a não deixar que eles contribuam para o nosso crescimento. Levada ao extremo, esta forma de vida leva-nos a lesar os outros em busca da nossa satisfação pessoal e é a causa de todos os tipos de corrupção que inundam a sociedade. Mas esquecemo-nos de que o homem nunca será totalmente feliz vivendo de um modo isolado. A verdadeira realização do homem reside em partilhar a vida, o amor e a paz com os outros, em integridade e em negação de si mesmo.
Enquanto cristão, tenho como propósito ser uma pessoa mais íntegra e mais abnegada. E acredito que este propósito é algo que se estende a muita gente não cristã. O mundo precisa de gente que se relacione com os outros tal como gostava que eles se relacionassem consigo. É a regra de ouro segundo as palavras de Jesus, mais abrangente do que a versão mais usual: faz aos outros aquilo que gostavas que te fizessem a ti. Cultivar relações benéficas para ambas as partes é uma tarefa que cada um deve procurar executar por si próprio. Nem sempre é fácil fazê-lo.
Mas há uma relação que podemos cultivar e cujos benefícios são insuperáveis. A relação com Deus. Também Ele quer ter uma palavra a dizer nas nossas vidas. Também Ele quer influenciar a nossa personalidade e o nosso carácter. Se nos aproximarmos dele, Ele vai ajudar-nos a cumprir o nosso propósito de vivermos em integridade e de nos realizarmos completamente. Porque Ele próprio é o melhor exemplo de amor abnegado. Daqui a cinco anos poderemos ser pessoas muito diferentes e muito melhores, se procurarmos a cada dia estar mais próximos de Deus.
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