18.2.10

Coincidências?!

Estar a ler o Jesus for President e encontrar uma referência a uma passagem muito fixe do Blue Like Jazz é espectacular! É de me deixar a dar saltos de alegria! Importa dizer que o Shane Claiborne e o Don Miller não estão exactamente na mesma onda, embora tenham uma visão do mundo e do cristianismo com muitos pontos de intersecção. Enquanto o Shane é um radical, activista, uma voz contra a pobreza, guerra e injustiça de uma forma muito revolucionária, o Don é muito mais parecido com a maioria de nós. É o tipo porreiro que tem uma vida que é uma bela confusão, mas que vai aos poucos descobrindo a graça de Deus... São dois bacanos diferentes, com mensagens diferentes (embora com um ponto em comum, Jesus!) e com vidas diferentes. E foram estes dois bacanos que escreveram dois dos meus livros preferidos! Portanto, podem calcular que para mim seja motivo de alegria saber que o Shane também gostou do Blue Like Jazz! É sinal de que, de uma forma ou outra, estamos todos na mesma onda...

15.2.10

Mais que música 2010



Estou feliz! Israel Houghton and New Breed em Portugal só pode ser bom! É um dos meus músicos cristãos preferidos (já aqui mostrei músicas dele). Alia um estilo gospel com várias influências (soul, rock, funk, reggae) a letras muito fixes. As letras das músicas de louvor têm como objectivo expressar a nossa gratidão a Deus e conduzir-nos a uma comunhão mais real com Ele. Quando cantamos essas letras e sentimos as palavras que estamos a dizer, é como se abrissemos as portas do nosso coração para permitir que Deus o molde. Cada um de nós tem os seus gostos musicais próprios e tem letras que nos tocam mais do que outras. No meu caso, gosto mesmo muito do Israel Houghton e as músicas dele, melodia e letra, têm sido bênção para mim, pois cumprem bem esse papel de nos conduzir para perto de Deus.

Mais que Música 2010, 28-29-30 de Maio, em Loures!!!

Se Deus quiser, lá estarei!

14.2.10

Jars of Clay

Eu sou assim... ando sempre a dormir, alheado das modas, das tendências, das bandas, séries e livros do momento. Até que um dia, do nada, dou por mim a questionar-me: "mas como é que eu nunca dei por isto?". É assim que me sinto actualmente em relação à banda Jars of Clay, uma banda cristã com música rock/folk e letras muito fixes. O nome da banda já o conheço há muito. Mas não sei porque carga d'água nunca os tinha ouvido com ouvidos de ouvir. E na passada quinta-feira dei com um clipe deles no youtube e fiquei rendido... Aqui fica uma amostra, Like a child (letra aqui):



E os Jars of Clay não se limitam a cantar sobre a fé e sobre Deus. Têm algumas músicas profanas (LoL) muito pertinentes. Esta é uma delas, e bem podia ser uma autobiografia minha, tirando a parte de o açucar não me deixar enjoado! =) The coffee song (letra aqui):

12.2.10

Proibida a entrada a pessoas perfeitas



Muito bom!!! Depois disto só me resta mesmo colocar o livro "Proibida a entrada a pessoas perfeitas", escrito por Jonh Burke que é este tipo que aparece a falar no vídeo, no topo das minhas prioridades de leitura a curto prazo!

Vozes pelo Haiti


O Desafio Miqueias organiza este concerto com músicos e bandas muito conhecidos no meio evangélico em Portugal como forma de angariar fundos e despertar consciências para o que está a acontecer no Haiti. O Desafio Miqueias é uma coligação de várias organizações e associações cristãs que combatem a pobreza pelo mundo e está na linha da frente da resposta à catástrofe no Haiti. Sábado, às 20h30m, no CCVA de Alvalade. Eu vou!

9.2.10

O profano e o sagrado

"E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo" Mateus 27:50-51

Não sei se isto faz algum sentido para vocês, mas houve uma fase da minha vida em que eu era dominado pela ideia absurda de que referir Deus e referir um assunto corriqueiro na mesma frase seria uma espécie de heresia. Guiava os meus pensamentos em duas estradas paralelas, não deixando que elas se intersectassem: uma para discorrer sobre Deus e sobre a fé e outra para todos os outros assuntos.

Tinha uma tendência para isolar o divino numa espécie de redoma que tentava preservar longe da contaminação das coisas banais da vida. Criei um compartimento inacessível e arrumei lá cuidadosamente tudo aquilo que dizia respeito à minha fé, não dando conta que esse compartimento, criado com um pudor tão exagerado e, até, disparatado, se tornou também inacessível a mim próprio. Tentava aceder a esse compartimento criando uma auto-imagem melhorada daquilo que eu era na realidade. Fingia uma santidade absoluta que não é real (porque a santidade é muito mais um caminho do que um estado), simulava incorruptibilidade, usava máscaras e artimanhas, vestia a pele dos fariseus que Jesus tanta vez criticou, e não dava conta que, agindo assim, estava a enganar-me a mim próprio.

Hoje percebo que separar Deus do resto da minha vivência não só é desnecessário, como é mesmo prejudicial. Deus não se quer relacionar com cópias melhoradas de nós próprios. Ele quer relacionar-se connosco tal como somos, por mais fúteis, patetas e incoerentes que sejamos.

O David que acredita que Jesus é a resposta para a maior ansiedade e necessidade do homem é o mesmo que é adepto do Benfica; é o mesmo que gosta de acompanhar de longe a vida política e de criar piadas sobre a incompetência dos políticos; é o mesmo que dança ao som de Jamiroquai e adormece ao som da Norah Jones; é o mesmo que gosta de uma cerveja fresca numa esplanada sob o entardecer de um dia de verão (enquanto se conversa sobre o amor de Deus, porque não?), é o mesmo que às vezes solta uma gargalhada quando Os Contemporâneos fazem humor que envolve a Bíblia, é o mesmo que tem períodos de desalento que o levam a questionar até mesmo aquilo que é inquestionável, é o mesmo que por vezes é atormentado pela dúvida sobre o certo e o errado, é o mesmo que, ainda que pretendendo servir os outros e viver uma vida altruísta, é levado com frequência a atitudes egocêntricas... e é o mesmo que Deus ama "furiosamente"!

A separação entre o sagrado e o profano é uma herança de outros tempos e de outras mentalidades. Uma herança de uma religiosidade beata que exclui a beleza da graça. A graça é bela porque é oferecida a homens e mulheres reais, autênticos, humanos, que se emocionam, que são incoerentes, às vezes fúteis, às vezes despropositados... como eu.

Mais uma vez digo: não sei se isto faz sentido para vocês. Temo que não tenha conseguido alinhar estas ideias de modo a dar-lhes algum nexo e torná-las perceptíveis. Mas eu sei o que estou a tentar transmitir e é algo que para mim é muito, mesmo muito, pertinente. Talvez faça um remake ou uma segunda parte deste texto brevemente.


adaptado de um texto escrito originalmente em Julho de 2009 para o meu antigo blogue e parcialmente inspirado numa frase bombástica do Blue Like Jazz, quando uma amiga de Don Miller lhe estava a contar como aconteceu a sua conversão a Cristo: "We would eat chocolates and smoke cigarettes and read the Bible, which is the only way to do it if you ask me. Don, the Bible is so good with chocolates."

8.2.10

Semelhanças

"Somos semelhantes a animais quando matamos.
Somos semelhantes a homens quando julgamos.
Somos semelhantes a Deus quando perdoamos."

Autor Desconhecido

4.2.10

Esperança

O tempo tá escasso, muito escasso mesmo (mas não tão escasso que me impeça de ir amanhã à noite dar as boas vindas ao fim de semana no karaoke do Shoarma com os matemáticos, incluindo pelo menos uma leitora deste blogue!) e não tenho tido oportunidade de consumar a escrita dos textos que idealizei (consumar é uma palavra catita). E por isso venho aqui somente para repetir uma citação do Shane Claiborne que já aqui deixei (ou se calhar não foi aqui, foi no Facebook, mas whatever... não me apetece ir verificar). Esta frase do Shane anda a martelar-me o pensamento. É uma frase que me incute esperança, muita esperança:

"There is a movement bubbling up that goes beyond cynicism and celebrates a new way of living, a generation that stops complaining about the church it sees and becomes the church it dreams of."

Eu quero fazer parte disto!!!

2.2.10

Jesus For President

O livro é mesmo muito bom! O alvo é, em parte, o cristão norte-americano, patriota, que vive preso ao capitalismo sem se aperceber disso. A nossa realidade europeia não é exactamente a mesma dos USA, mas há alguns pontos comuns, por exemplo, a forma como os cristãos, cá e lá, se têm deixado "escravizar" pelo consumismo. Além disso, o enquadramento histórico que eles fazem dos episódios da vida de Jesus é EXCELENTE!!! Ensinam-nos a entender a vida de Jesus, as suas atitudes e palavras à luz dos hábitos dos judeus e dos romanos daquela época. Só para dar um exemplo: hoje dei de caras com uma surpreendente analogia entre as tradicionais cerimónias de "tomada de posse" dos imperadores romanos e a crucificação de Jesus. Os autores sugerem (e faz todo o sentido) que a crucificação de Jesus foi a sua coroação como o Rei de um outro Reino, um Reino ganho pela abdicação do poder e onde abunda o amor altruísta, que contrasta com os reinos dos homens, tão cheios de egoísmo e sede de poder. Um dia destes transcrevo aqui essa analogia.

E este é só um exemplo, o livro tem dezenas de episódios da vida de Jesus explicados de uma forma refrescante. Essas explicações, não negando as explicações simplistas que ouvimos na igreja, são muito mais profundas e ricas.

Agora deixo-vos com uma primeira citação...

"Jesus is ready to set us free from the heavy yoke of an oppressive way of life. Plenty of wealthy christians are suffocating from the weight of the American dream, heavily burdened by the lifeless toil and consumption we embrace. This is the yoke from which we are being set free. And as we are liberated from the yoke of global capitalism, our sisters and brothers in Guatemala, Liberia, Iraq, and Sri Lanka will also be liberated. Our family overseas, who are making our clothes, growing our food, pumping our oil, and assembling our electronics - they too need to be liberated from the empire's yoke of slavery. Their liberation is tangled up with our own. The new yoke isn't easy. (It's a cross, for heaven's sake.) But we carry it together, and it is good and leads us to rest, especially for the weariest traveler."

Diário de ninguém alguém

"Olho para o meu rosto no espelho e não me importo comigo. Olho para a alma no reflexo dos meus silêncios e descubro as feridas que acarinhei pelo tempo. As nódoas que deixei cair no pano, os medos que arrumei no sótão, o cheiro a miséria que invade os meus dias pelo facto de ter deixado de acreditar que há vida para além."


Leiam na página da Ana Ramalho o texto completo. O "diário" de uma pessoa que se considera ninguém e que se transforma em alguém... ao perceber que é amada pela pessoa mais amorosa do Universo! Aconselho mesmo este texto, escrito com o coração, tocante... a Ana dedica este texto "a todos os que, neste momento ou noutros momentos da vida, se sentem ninguém... e a todos os que querem sentir-se alguém, aos olhos da Pessoa certa." Ou seja, basicamente, é para todos!